Entrevista: Vegas

Publicado em 31/05/2014 - Por Marina Tavares

Marina – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica e como isso se tornou algo a mais em sua vida?

Vegas – Com a música eletrônica foi em 2003, eu comecei escutando House, Techouse e Techno… Em 2004 eu conheci o Psy Trance, e foi amor à primeira vista, então, neste ano decidi o que eu queria para a minha vida, ser DJ e produtor de música eletrônica.

 

Marina – Como surgiu o seu projeto Vegas?

Vegas – Até o final de 2009, eu tinha um projeto de Full On com meu amigo James Medeiros, que se chamava Double Collision. O James resolver tomar outros caminhos em sua vida, e tinha pouco tempo para a música, e eu sempre tive vontade de ter um projeto solo, porém me faltava experiência… Em 2010, eu consegui estrear o projeto, devo muito ao James, pois, os primeiros passos na produção foi ele quem me ensinou, em 2005.

 

Marina – Quem foram as suas influências?

Vegas – Eu ouvia muito U-Recken, Alien Project, Quantum, Psydrop, 1200 Mics, Liquid Soul, Freq, Ace Ventura, Astrix, GMS, Talamasca… Foram muitos artistas, às vezes, eu coloco os meus CDs antigos favoritos para tocar no estúdio, e relembrar…

 

Marina – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?

Vegas – 1200 Micrograms ‎– 1200 Micrograms – 2002

U-Recken – Aquatic Serenade – 2006

The Secret Of The Thirteen Crystal Skulls – 2003 (Esse é um VA incrível, eu faço questão de ter um original em CD guardado a sete chaves).

 

Marina – Como foi tocar no Universo Paralello 2013/14?

Vegas – Eu não sei se palavras são capazes de explicar, foi como um sonho… Eu já tinha tocado na edição passada, UP#11, porém, este ano era algo especial… Eu me preparei meses para essa apresentação, e sabia que aquela uma hora seria mágica, pensei em cada detalhe, eu estava muito nervoso… Hoje em dia, eu não fico mais nervoso para tocar, porém, o Universo Paralello é um daqueles festivais que fazem as pernas tremerem… Demorou uns 20 minutos para me acalmar em cima do palco, depois vendo as filmagens, eu vi que estava muito nervoso (risos)… Tudo aconteceu como o planejado, aliás, foi melhor do que imaginava, a resposta do público na pista foi surreal, no intervalo de uma música, a pista toda começou a aplaudir… Esse é o momento em que passa um filme todo na sua cabeça, e não existem palavras para explicar o que é estar ali, em cima do palco, comandando uns dos maiores festivais de Psy Trance do mundo! 

 

Marina – Como foi se apresentar no Shivaneris Easter Festival pela primeira vez?

Vegas – Eu já tinha ouvido falar muito bem do Shivaneris, e tinha acompanhado alguns vídeos, e relatos de amigos que tocaram no evento… Eu tinha recém tocado no Universo Paralello, na Bahia, e estava me preparando para no Soulvision Festival, em São Paulo, quando a Season Bookings me informou que tinha sido contratado para tocar no Shivaneris… Eu fiquei muito feliz, pois, em menos de seis meses, eu estaria tocando nos três melhores festivais do Brasil! Eu fiz questão de ficar mais tempo no Shivaneris, a produção me colocou em um horário muito especial, após o Liquid Soul, ao anoitecer, e foi um momento mágico, a energia desse festival é incrível, só sabe quem já foi… É um festival que eu recomendo a todos, são raros os eventos que vou para a pista dançar, mas o Shivaneris é um que não tem como não se entregar…

 

Marina – Eu gostei muito do remix que você tocou da música do Metallica – Nothing Else Matter… De onde vem à inspiração para criar novos sons?

Vegas – Essa música é uma parceria com um amigo, Luiz Eugenio, daqui de Joinville, cidade onde eu moro… Um dia ele foi me visitar no estúdio, e já tinha a ideia do RMX, então nós terminamos juntos… Não é um remix oficial, então não vai ser posta a venda, e creio que dificilmente vai ser postada na internet, então, quem quiser ouvir, tem que ser em uma apresentação minha ou do Luiz Eugenio (risos)…

Agora, falando em inspiração, eu tiro do dia-a-dia… Eu demoro a compor, a música, para mim, tem que ter história e sentimento… A minha proposta é ir além dos grooves das batidas, é passar energia e contar história através dela, não é uma tarefa fácil.. Às vezes, eu passo muito tempo sem produzir, pois, não tenho inspiração, e quando menos espero, eu sento no estúdio, e as ideias surgem espontaneamente…

 

Marina – Qual foi a apresentação que mais te marcou?

Vegas – É difícil escolher apenas uma… Nos últimos anos, eu viajei por todo o Brasil, conheci lugares que nunca imaginei, como Manaus, na Amazônia, porém, posso dizer que a mais marcante foi o Universo Paralello 2013/ 2014… Lá estava toda a galera, de todas as regiões, com certeza, vai ficar marcado para sempre…

 

Marina – Quais são os seus hobbies quando você não está tocando ou produzindo?

Vegas – O que pouca gente sabe é que a música para mim é um hobbie, eu trabalho de segunda a sexta, o dia todo… À noite, eu me dedico ao estúdio, e nos finais de semana viajo para tocar, é muito corrido, e sobra pouco tempo… Eu gosto de jogar futebol, ou ficar em casa descansando, tocando violão, e fazendo um churrasco com os amigos…

 

Marina – Gostaria de deixar uma mensagem para os seus fãs?

Vegas – Eu gostaria de agradecer a cada um que acompanha o meu trabalho, vocês são muito importantes! Eu sei que, às vezes não consigo dar a devida atenção a todos, e respondê-los, o meu dia-a-dia é muito corrido, mas sem os fãs nós não somos nada… Eu tenho fãs que me enchem de orgulho, que fazem loucuras, acho que umas cinco pessoas já fizeram tatuagens das minhas músicas, isso me dá motivação, e certa responsabilidade, sabendo que existem pessoas que admiram o que faço, isso não tem preço, obrigado pelo carinho e prestígio… #ENAOPARA

 

Conheça mais sobre o artista:

https://www.facebook.com/vegasliveact

http://soundcloud.com/vegaslive

http://youtube.com/user/paulovilelaveiga

 

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