Entrevista: Hellquist - Psicodelia.org

Marina Tavares – Quando foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?

Hellquist – A música eletrônica sempre esteve por perto… Tudo, do Hip Hop, Breakbeat, Drum N’ Bass, até os hits da rádio que eu ouvia quando jovem.

Mas o Psychedelic Trance e o Full On foram apresentados por um amigo, que colocava músicas no celular, e tocava no alto falante do walkman. (risos)

Eu ouvia do Full On ao Progressive, e mais tarde Dark Progressive… Eu fiquei apaixonado com as energias distorcidas e a melodia.

Marina Tavares – Como foi o início da sua carreira?

Hellquist – Um amigo convidou o Sensient, fundador da Zenon Records, para tocar em minha cidade natal, Gothenburg.

Eu gravei um cd com o meu trabalho, e o procurei para entregá-lo. Um mês depois, eu recebi um e-mail, dizendo que ele queria lançar a minha track Qvantakse, em sua compilação Low Bass Within.

Então, eu fui contatado pela Uroboros Records… Eles me pediram para fazer parte da gravadora, e eu fiquei feliz!

Logo após, eu começar a trabalhar no EP Secret Level para a Zenon, e assinei com a gravadora após o lançamento.

Marina Tavares – Como você criou o projeto Hellquist?

Hellquist – Após ouvir mais e mais música, eu fiquei inspirado, e decidi fazer o meu som. Eu baixei o Fruity Loops e comecei o experimento.

Após horas sem fim, tentando descobrir o que estava fazendo, o som começou a mudar, e troquei de programa, comecei a usar o Ableton Live, e nesse ponto, eu fui capaz de criar algo, que talvez você poderia chamar de Psychedelic Trance.

Marina Tavares – Quem foram as suas influências?

Hellquist – Alguns artistas que me inspiraram muito foram Sensient, Ace Ventura, Shpongle, One Tasty Morsel, Bluetech, Shadow Fx, e Grouch.

Marina Tavares – Quais são os seus três álbuns favoritos de todos os tempos?

Hellquist – Ott – Blumenkraft

HypoGeo – Tree of Lies

Sensient – Antifluoro

Marina Tavares – De onde você tira inspiração para criar novas músicas?

Hellquist – Pode ser basicamente de qualquer lugar, apenas ouvindo algum barulho da vida no dia a dia, pensando em gravá-lo, como ajustar, e onde colocá-lo na track.

Após uma grande festa, normalmente, eu volto para casa com muita inspiração. Ouvir boa música em um bom sistema de som é ótimo para recarregar as baterias!

Marina Tavares – Como é fazer parte da Zenon e Uroboros Records?

Hellquist – São duas ótimas gravadoras, com tantas pessoas incríveis, e eu estou realmente feliz de poder trocar ideias, e dividir projetos com eles.

Marina Tavares – Quando foi a sua primeira apresentação no Brasil?

Hellquist – Foi no dia 2 de novembro de 2013, na festa Merkabah Zenon Label, em Brasília.

Marina Tavares – Como foi tocar no Terra em Transe Festival 2014/15?

Hellquist – Uma ótima experiência, com uma platéia adorável e dançante!

Eu toquei três vezes. Um set, um live, e um set diurno no qual fiz um versus com o dj Phalcom.

Foto: Atilla Veras Fotografia

Vídeo: Hellquist

Marina Tavares – O que você acha da cena eletrônica brasileira?

Hellquist – É uma grande cena, que dá espaço a muitos estilos diferentes, e tem vários artistas e djs locais interessantes.

Você pode encontrar de tudo, fritos, hippies felizes, e pessoas loucas. Acontecem tanto festas Underground, como eventos comerciais em boates.

Já estive em algumas das melhores festas, onde tive que ter uma variedade de música, o que dá a oportunidade de achar algo novo que eu goste.

Marina Tavares – Onde foi a apresentação que mais te marcou?

Hellquist – O Universo Paralello 2013-14, em Pratigi, na Bahia, definitivamente está no topo! Eu toquei para uma pista de dança, com 6.000 ou 7.000 pessoas… Além de contar com um ótimo sistema de som, em uma bela praia!

Marina Tavares – Existe algum lugar que você nunca tenha tocado e queira muito?

Hellquist – Eu estou curioso sobre a África do Sul e o Japão… Eu espero que o futuro me permita isso.

Marina Tavares – Já aconteceu alguma situação engraçada enquanto você estava tocando?

Hellquist – Um casal se casou enquanto eu estava tocando um live set no Yemaya Festival, na Austrália. Eu achei isso muito legal!

Marina Tavares – Quais são as novidades em relação à turnês e lançamentos?

Hellquist – Eu vou para a Europa no verão, e irei tocar no Freqs Of Nature na Alemanha, Modem na Croácia, e Project Everglades na Suécia… Isso para nomear alguns festivais.

Eu irei lançar o meu primeiro álbum completo pela Zenon Records, na primavera, procure por ele!